Madeira maciça é a madeira cuja composição não sofreu interferência. No Brasil, os móveis de madeira maciça costumam ser feitos de pinus e eucalipto de reflorestamento, ambas madeiras claras e leves. Também são usadas a imbuia, a teca e a araucária, que são consideradas nobres e têm cores mais variadas.
As vantagens são diversas:
* é uma madeira mais resistente a danos mecânicos, como arranhões e furos, podendo ser recuperada facilmente com a utilização de lixa e verniz adequados, se necessário;
*é um material natural mais resistente à umidade, sendo utilizado inclusive em móveis de jardim, expostos à chuva e sol;
*é mais resistente a incêndios e cupins, dependendo do tratamento que ela receber em sua fabricação; *resultado final do móvel muito bonito;
*o valor pode ser um pouco alto dependendo da madeira escolhida, mas a sua durabilidade compensará o custo.
O móvel de madeira maciça pode durar mais de 100 anos e passar de geração para geração. Para comprovar isso basta passar em um antiquário que encontramos rapidamente móveis maciços com mais de um século de uso e em perfeito estado de conservação!
2: Madeira Industrializada:
A principal vantagem da madeira industrializada é o custo reduzido e a preservação do meio ambiente, esse setor possui 500 mil hectares de florestas de manejo sustentável no país. (fonte)
A maioria das empresas recebem certificações pela qualidade de produção e pelo uso da madeira de reflorestamento, além do Selo Verde e Certificação Florestal, concedidos por instituições ligadas ao Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
Os tipos são variados: MDF, MDP, OSB, HDF... Vamos entender um pouco melhor sobre eles:
MDF (Medium Density Fiberboard - painel de fibras de média
densidade)
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Composição:
fibras de madeira aglutinadas e compactadas com resina sintética
por meio de pressão e calor. As fibras são pedaços maiores do que as partículas que compõem o MDP e o aglomerado. Aparência: ao olhar para as laterais do material sem revestimento, percebe-se que ele é uniforme e liso, constituído de fibras que deixam a superfície com o mesmo aspecto das bordas. Tipos de revestimento: comporta pintura simples e laqueada, laminados e impressões. Dimensões: a medida mais encontrada é de chapas de 2,75 x 1,83 m. As espessuras vão de 3 a 30 mm. Uso: "É bastante empregado em peças frontais e fundos de móveis, além de laterais e fundos de gavetas", aponta Rosane Dill Donati, da Abipa. Vantagens e desvantagens: "No Brasil, a produção do MDF começou em 1997, para competir com o aglomerado, muito usado na época", conta o arquiteto Antonio Franco, de São Paulo. Dentre as qualidades, destacam-se a facilidade para executar trabalhos em baixo-relevo, entalhes e usinagens (processo que resulta em cortes bem acabados e dá diferentes formas ao móvel); a espessura a partir de 3 mm, contra os 9 mm mínimos do MDP, por exemplo; a boa resistência na aplicação das ferragens; e a alta resistência a empenamentos. Preço médio: R$ 130 a placa de 2,75 x 1,83 m e 15 mm de espessura, coberta de laminado de baixa pressão, e R$ 95 a mesma chapa com 6 mm de espessura. Sem revestimento, o painel de 15 mm na mesma medida sai por R$ 80, e o de 6 mm, R$ 45. |
MDP (Medium Density Particleboard - painel de partículas de
média densidade)
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Composição: as placas são feitas de partículas de madeira.
As partículas maiores ficam no meio do painel, e as mais finas são colocadas nas superfícies externas, formando três camadas. São aglutinadas e compactadas com resina sintética por meio de pressão e calor. As partículas são menores do que as fibras de madeira que compõem o MDF e as lâminas do compensado. "Considerado uma evolução do aglomerado, o material é resultado de grandes investimentos no desenvolvimento desse produto", explica Graça Berneck Gnoatto, diretora comercial da Berneck, empresa que produz e comercializa painéis de madeira, de Araucária, PR. Aparência: é possível ver as camadas na lateral da chapa. "As partículas finas se acomodam nas faces, e as mais grossas, no miolo", indica Graça. Tipos de revestimento: aceita pintura simples e laqueada, laminados e impressões. Dimensões: a medida mais encontrada é 2,75 x 1,84 m. As espessuras vão de 9 a 28 mm. Uso: portas, prateleiras, divisórias, tampos retos e laterais de móveis e gavetas. Vantagens e desvantagens: por levar micropartículas na composição, não pode receber usinagens e entalhes profundos. Dentre as vantagens, ressaltam-se a boa fixação das ferragens específicas, pois o MDP possui partículas grossas no miolo que as sustentam; a menor absorção de umidade se comparado ao MDF (sua densidade é superior a 900 kg/m³, contra 730 kg/m³ do MDF); a boa aderência da tinta na hora de pintar; e o preço mais em conta. Mas é preciso ficar atento: muitos vendedores afirmam que o MDP é exatamente o mesmo material que o aglomerado, o que não é verdade. Preço médio: R$ 100 a placa de 2,75 x 1,84 m e 15 mm de espessura, revestida de laminado de baixa pressão. chapa crua tem preço médio de R$ 70. |
Aglomerado
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Composição: os painéis de partículas de madeira são menos
usados
atualmente, pois perderam lugar para o MDP. "O aglomerado brasileiro produzido na década de 60 era diferente do fabricado no restante do mundo - tinha mais qualidade, pois era feito de cavacos de madeira, e não de resíduos industriais", conta Rosane, da Abipa. "O problema é que as empresas fabricantes de módulos e armários utilizavam as mesmas ferragens da madeira maciça, mas, como o aglomerado tem espaços ocos internamente, não as fixava. Por isso, a má fama do produto", explica Paulo Alves. Com a evolução dos processos tecnológicos, ele perdeu espaço para o MDP. É preciso também levar em conta que, na fabricação de aglomerados, ainda são usadas madeiras tropicais provenientes de florestas nativas - outro ponto a favor do MDP. Aparência: não é possível distingui-lo visualmente de uma chapa de MDP. Tipos de revestimento: "Aceita bem pinturas e vernizes, mas não os laminados, pois sua superfície não é tão lisa e uniforme quanto a do MDF ou MDP", esclarece Paulo. Dimensões: a medida mais comum é 2,75 x 1,83 m. As espessuras variam de 8 a 40 mm. Uso: pode compor portas, laterais de móveis, gavetas e prateleiras, porém somente com as ferragens específicas para o material. Vantagens e desvantagens: "Se comparado ao MDF e ao MDP, ele tem menores chances de empenar, pois recebe menos pressão na fabricação", afirma o designer. Porém, não suporta tanto peso quanto o MDP, segundo Atílio Formágio Neto, coordenador de produtos da Masisa Brasil, empresa de Curitiba que fabrica e comercializa painéis de madeira. Preço médio: R$ 30 a placa de 1,20 x 1,20 m e 15 mm de espessura, com revestimento melamínico branco. O mesmo painel sem acabamento custa R$ 20. |
Compensado
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Composição: os painéis são formados de
lâminas de madeira sobrepostas e cruzadas, unidas por adesivos e resinas por meio de pressão e calor. Há dois tipos de compensado: o multilaminado, composto apenas de lâminas sobrepostas e cruzadas, e o sarrafeado, que possui essa estrutura nas superfícies, mas tem, no interior, um tapete formado de madeira serrada. O segundo é mais caro devido ao processo de fabricação e à menor procura. "Pouca gente sabe que o sarrafeado empena menos do que o multilaminado, que é mais difundido", comenta Paulo Alves. Aparência: o compensado multilaminado (foto) é uniforme, com laterais que acompanham a superfície. Já as laterais do sarrafeado mostram um miolo que se diferencia das lâminas. Tipos de revestimento: recebe pinturas e vernizes, mas, se o revestimento for laminado, corre o risco de apresentar bolhas com o passar do tempo. Dimensões: a medida mais comum é de chapas de 2,20 x 1,60 m. Os multilaminados de 3 a 6 mm de espessura possuem três lâminas,e os de 8 a 18 mm (foto), cinco. Uso: móveis e painéis divisórios. Vantagens e desvantagens: as chapas de compensado são as madeiras industrializadas mais antigas - chegaram ao Brasil na década de 40. "Como o nome diz, uma lâmina compensa as tensões no sentido contrário da outra. Assim, ao receber peso, as fibras o distribuem melhor, o que torna o conjunto bem estável", esclarece Antonio Franco. Apesar de ser muito resistente e durável - diversos especialistas acreditam que seja a melhor das opções -, depois do advento do MDP e do MDF, o compensado perdeu espaço por ser mais caro e menos sustentável. "Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), 40% do compensado brasileiro ainda é produzido com matéria-prima proveniente de floresta nativa", enfatiza o arquiteto. Preço médio: R$ 160 a placa do multilaminado de 2,20 x 1,60 m e 15 mm de espessura, com laminado de cerejeira, e R$ 190 a chapa do sarrafeado de 2,75 x 1,60 m e espessura de 18 mm, com o mesmo revestimento. Sem acabamento, a primeira vale R$ 85, e a segunda, R$ 105. |
OSB (Oriented
Strand Board - painel de lascas de madeira orientadas)
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Composição: lascas de madeira são
prensadas em três camadas perpendiculares e unidas com resina aplicada sob alta pressão e temperatura. Aparência: as grandes lascas ficam evidentes. Tipos de revestimento: normalmente, não recebem acabamento. "Por ser rugoso, o OSB aceita somente aplicação de vernizes e tinta. Produtos laminados não aderem bem", afirma Paulo Alves. Dimensões: as placas costumam medir 2,20 x 1,10 m e 2,44 x 1,22 m. As espessuras vão de 6 a 30 mm. Uso: vistas como tapumes em obras, as chapas também são empregadas em painéis, móveis e projetos alternativos de decoração. Por ser fabricado com cola resistente à umidade, o OSB pode ser ainda opção para móveis de ambientes externos. Vantagens e desvantagens: "A mais barata das chapas é a mais impermeável", garante o designer. Quanto à força e à capacidade de suportar cargas, tem características semelhantes às dos painéis de MDF e de MDP. Preço médio: R$ 50 a placa crua de 2,44 x 1,22 m e 15 mm de espessura. |
HDF (High Density Fiberboard - painel de fibras de alta
densidade)
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Composição: são fibras de madeira que passam por processo
semelhante ao do MDF - a diferença é a maior pressão aplicada durante a fabricação. Aparência: as chapas são homogêneas e possuem superfície lisa, uniforme, de alta densidade e pequena espessura. Tipos de revestimento: pode receber pinturas e vernizes, além de aceitar bem os laminados. Dimensões: os painéis costumam medir 2,75 x 1,85 m, com as menores espessuras - de 2,5 a 6 mm. Uso: funciona bem como lateral e fundo de móveis, gavetas e divisórias. O HDF também é utilizado em artesanato e na produção de brinquedos. Vantagens e desvantagens: como o MDF, serve para trabalhos de usinagem e entalhes. "Por ser um material de alta densidade, suporta mais peso e pode vencer vãos maiores sem a necessidade de reforço", explica o arquiteto e designer paulista Paulo Alves, sócio da Marcenaria São Paulo. Logo, o HDF é mais caro. Ainda assim, quando não é necessária uma base tão segura, o MDF é uma alternativa melhor. Preço médio: R$ 110 o painel de 2,75 x 1,85 m e 6 mm de espessura, revestido de laminado de baixa pressão. A placa na mesma medida, mas com 3 mm de espessura e sem acabamento, sai por R$ 30. |
(fonte)
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