sexta-feira, 10 de junho de 2016

Materiais para mobiliário e Materiais Recicláveis - I Madeiras

1. Madeira Maciça: 

Madeira maciça é a madeira cuja composição não sofreu interferência. No Brasil, os móveis de madeira maciça costumam ser feitos de pinus e eucalipto de reflorestamento, ambas madeiras claras e leves. Também são usadas a imbuia, a teca e a araucária, que são consideradas nobres e têm cores mais variadas. 
As vantagens são diversas: 
* é uma madeira mais resistente a danos mecânicos, como arranhões e furos, podendo ser recuperada facilmente com a utilização de lixa e verniz adequados, se necessário; 
*é um material natural mais resistente à umidade, sendo utilizado inclusive em móveis de jardim, expostos à chuva e sol;
*é mais resistente a incêndios e cupins, dependendo do tratamento que ela receber em sua fabricação; *resultado final do móvel muito bonito;
*o valor pode ser um pouco alto dependendo da madeira escolhida, mas a sua durabilidade compensará o custo.

O móvel de madeira maciça pode durar mais de 100 anos e passar de geração para geração. Para comprovar isso basta passar em um antiquário que encontramos rapidamente móveis maciços com mais de um século de uso e em perfeito estado de conservação! 




2: Madeira Industrializada: 

A principal vantagem da madeira industrializada é o custo reduzido e a preservação do meio ambiente, esse setor possui 500 mil hectares de florestas de manejo sustentável no país. (fonte)
A maioria das empresas recebem certificações pela qualidade de produção e pelo uso da madeira de reflorestamento, além do Selo Verde e Certificação Florestal, concedidos por instituições ligadas ao Conselho Brasileiro de Manejo Florestal. 


Os tipos são variados: MDF, MDP, OSB, HDF... Vamos entender um pouco melhor sobre eles: 

































MDF (Medium Density Fiberboard - painel de fibras de média densidade) 
Composição: fibras de madeira aglutinadas e compactadas com resina sintética
 por meio de pressão e calor.
 
As fibras são pedaços maiores do que as partículas que compõem
 
o MDP e o aglomerado.
Aparência: ao olhar para as laterais do material sem revestimento, 
percebe-se que ele é uniforme e liso, constituído de fibras que deixam
 
a superfície com o mesmo aspecto das bordas.
Tipos de revestimento: comporta pintura simples e laqueada, laminados
 
e impressões.
Dimensões: a medida mais encontrada é de chapas de 2,75 x 1,83 m.
As espessuras vão de 3 a 30 mm.
Uso: "É bastante empregado em peças frontais e fundos de móveis, 
além de laterais e fundos de gavetas",
 
aponta Rosane Dill Donati, da Abipa.
Vantagens e desvantagens: "No Brasil, a produção do MDF 
começou em 1997, para competir com o aglomerado, muito usado na época",
 
conta o arquiteto Antonio Franco, de São Paulo.
 
Dentre as qualidades, destacam-se a facilidade para
 
executar trabalhos em baixo-relevo, entalhes e usinagens
 
(processo que resulta em cortes bem acabados e dá diferentes formas ao móvel);
 
a espessura a partir de 3 mm, contra os 9 mm mínimos do MDP,
 
por exemplo; a boa resistência na aplicação das ferragens; e a alta resistência a
 
empenamentos.
Preço médio: R$ 130 a placa de 2,75 x 1,83 m e 15 mm de espessura, 
coberta de laminado de baixa pressão,
 
e R$ 95 a mesma chapa com 6 mm de espessura.
 
Sem revestimento, o painel de 15 mm na mesma medida sai por R$ 80,
 
e o de 6 mm, R$ 45.






























MDP (Medium Density Particleboard - painel de partículas de média densidade)

Composição: as placas são feitas de partículas de madeira. 
As partículas maiores ficam no meio do painel, 
e as mais finas são colocadas 
nas superfícies externas, formando três camadas.
 São aglutinadas e compactadas com resina sintética por meio de pressão e calor. 
As partículas são menores do que as fibras de madeira que compõem o MDF e as lâminas do compensado. "Considerado uma evolução do aglomerado, o material é resultado de grandes investimentos no desenvolvimento desse produto", 
explica Graça Berneck Gnoatto, diretora comercial da Berneck, 
empresa que produz e comercializa painéis de madeira, de Araucária, PR.
Aparência: é possível ver as camadas na lateral da chapa. "As partículas finas se acomodam nas faces, e as mais grossas, no miolo", indica Graça.
Tipos de revestimento: aceita pintura simples e laqueada,
 laminados e impressões.
Dimensões: a medida mais encontrada é 2,75 x 1,84 m. 
As espessuras vão de 9 a 28 mm.
Uso:
 portas, prateleiras, divisórias, tampos retos e laterais de móveis e gavetas.
Vantagens e desvantagens: 
por levar micropartículas na composição, não pode receber usinagens e 
entalhes profundos. Dentre as vantagens, ressaltam-se a boa fixação das 
ferragens específicas, pois o MDP possui partículas grossas no miolo 
que as sustentam; a menor absorção de umidade se comparado ao MDF 
(sua densidade é superior a 900 kg/m³, contra 730 kg/m³ do MDF); 
a boa aderência da tinta na hora de pintar; e o preço mais em conta. 
Mas é preciso ficar atento: muitos vendedores afirmam que o MDP 
é exatamente o mesmo material que o aglomerado, o que não é verdade.
Preço médio: R$ 100 a placa de 2,75 x 1,84 m e 15 mm de espessura, 
revestida de laminado de baixa pressão. 
 chapa crua tem preço médio de R$ 70.















































                Aglomerado              
Composição: os painéis de partículas de madeira são menos usados
 atualmente, pois perderam lugar para o MDP. 
"O aglomerado brasileiro produzido na década de 60 era diferente do 
fabricado no restante do mundo - tinha mais qualidade, 
pois era feito de cavacos de madeira, e não de resíduos industriais", 
conta Rosane, da Abipa. 
"O problema é que as empresas fabricantes de módulos e 
armários utilizavam as mesmas ferragens da madeira maciça, 
mas, como o aglomerado tem espaços ocos internamente, não as fixava. 
Por isso, a má fama do produto", explica Paulo Alves. 
Com a evolução dos processos tecnológicos, ele perdeu espaço para o MDP. 
É preciso também levar em conta que, na fabricação de aglomerados, 
ainda são usadas madeiras tropicais provenientes de florestas nativas - 
outro ponto a favor do MDP.
Aparência: não é possível distingui-lo visualmente de uma chapa de MDP.
Tipos de revestimento: 
"Aceita bem pinturas e vernizes, mas não os laminados, 
pois sua superfície não é tão lisa e uniforme quanto a do MDF ou MDP", 
esclarece Paulo.
Dimensões: a medida mais comum é 2,75 x 1,83 m. 
As espessuras variam de 8 a 40 mm.
Uso:
 pode compor portas, laterais de móveis, gavetas e prateleiras, 
porém somente com as ferragens específicas para o material.
Vantagens e desvantagens: "Se comparado ao MDF e ao MDP, 
ele tem menores chances de empenar, pois recebe menos pressão na fabricação", 
afirma o designer. Porém, não suporta tanto peso quanto o MDP, 
segundo Atílio Formágio Neto, coordenador de produtos da Masisa Brasil,
 empresa de Curitiba que fabrica e comercializa painéis de madeira.
Preço médio: R$ 30 a placa de 1,20 x 1,20 m e 15 mm de espessura, 
com revestimento melamínico branco. 
O mesmo painel sem acabamento custa R$ 20.






































              Compensado        
Composição: os painéis são formados de 
lâminas de madeira sobrepostas e cruzadas, 
unidas por adesivos e resinas por meio de pressão e calor. Há dois tipos de compensado: o multilaminado, composto apenas de lâminas sobrepostas 
e cruzadas, e o sarrafeado, que possui essa estrutura nas superfícies, mas tem, no interior, um tapete formado de madeira serrada. 
 O segundo é mais caro devido ao processo de fabricação e à menor procura. 
"Pouca gente sabe que o sarrafeado empena menos do que o multilaminado, 
que é mais difundido", comenta Paulo Alves.
Aparência: o compensado multilaminado (foto) é uniforme, 
com laterais que acompanham a superfície. 
Já as laterais do sarrafeado mostram um miolo que se diferencia das lâminas.
Tipos de revestimento: recebe pinturas e vernizes, mas, se o revestimento 
for laminado, corre o risco de apresentar bolhas com o passar do tempo.
Dimensões: a medida mais comum é de chapas de 2,20 x 1,60 m. 
Os multilaminados de 3 a 6 mm de espessura 
possuem três lâminas,e os de 8 a 18 mm (foto), cinco.
Uso: móveis e painéis divisórios.
Vantagens e desvantagens: as chapas de compensado são as madeiras industrializadas mais antigas - chegaram ao Brasil na década de 40. 
"Como o nome diz, uma lâmina compensa as tensões no sentido contrário 
da outra. Assim, ao receber peso, as fibras o distribuem melhor, 
o que torna o conjunto bem estável", esclarece Antonio Franco. 
Apesar de ser muito resistente e durável - diversos especialistas acreditam que seja a melhor das opções -, depois do advento do MDP e do MDF, 
o compensado perdeu espaço por ser mais caro e menos sustentável. 
"Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de 
Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), 
40% do compensado brasileiro ainda é produzido com matéria-prima 
proveniente de floresta nativa", enfatiza o arquiteto.
Preço médio: 
R$ 160 a placa do multilaminado de 2,20 x 1,60 m e 15 mm de espessura,
 com laminado de cerejeira, e R$ 190 a chapa do sarrafeado 
de 2,75 x 1,60 m e espessura de 18 mm, com o mesmo revestimento. 
Sem acabamento, a primeira vale R$ 85, e a segunda, R$ 105.


  






















OSB (Oriented Strand Board - painel de lascas de madeira orientadas) 
Composição: lascas de madeira são 
prensadas em três camadas perpendiculares 
e unidas com resina aplicada sob alta pressão e temperatura.
Aparência: as grandes lascas ficam evidentes.
Tipos de revestimento: normalmente, não recebem acabamento. 
"Por ser rugoso, o OSB aceita somente aplicação de vernizes e tinta. 
Produtos laminados não aderem bem", afirma Paulo Alves.
Dimensões: 
as placas costumam medir 2,20 x 1,10 m e 2,44 x 1,22 m. 
As espessuras vão de 6 a 30 mm.
Uso: vistas como tapumes em obras, as chapas também são 
empregadas em painéis, móveis e projetos alternativos de decoração. 
Por ser fabricado com cola resistente à umidade, o OSB pode ser ainda 
opção para móveis de ambientes externos.
Vantagens e desvantagens: 
"A mais barata das chapas é a mais impermeável", garante o designer. 
Quanto à força e à capacidade de suportar cargas, 
tem características semelhantes às dos painéis de MDF e de MDP.
Preço médio: R$ 50 a placa crua de 2,44 x 1,22 m e 15 mm de espessura.






















HDF (High Density Fiberboard - painel de fibras de alta densidade)
Composição: são fibras de madeira que passam por processo 
semelhante ao do MDF - 
a diferença é a maior pressão aplicada durante a fabricação.
Aparência: as chapas são homogêneas e possuem superfície lisa,
 uniforme, de alta densidade e pequena espessura.
Tipos de revestimento: pode receber pinturas e vernizes, 
além de aceitar bem os laminados.
Dimensões: os painéis costumam medir 2,75 x 1,85 m, 
com as menores espessuras - de 2,5 a 6 mm.
Uso: funciona bem como lateral e fundo de móveis, gavetas e divisórias. 
O HDF também é utilizado em artesanato e na produção de brinquedos.
Vantagens e desvantagens: como o MDF, serve para trabalhos 
de usinagem e entalhes. 
"Por ser um material de alta densidade, suporta mais peso e 
pode vencer vãos maiores sem a necessidade de reforço", 
explica o arquiteto e designer paulista Paulo Alves, 
sócio da Marcenaria São Paulo. Logo, o HDF é mais caro. 
Ainda assim, quando não é necessária uma base tão segura, 
o MDF é uma alternativa melhor.
Preço médio: R$ 110 o painel de 2,75 x 1,85 m e 6 mm de espessura, 
revestido de laminado de baixa pressão. 
A placa na mesma medida, 
mas com 3 mm de espessura e sem acabamento, sai por R$ 30.












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